quinta-feira, 12 de maio de 2011

Inspiração - Fiona Apple e Quentin Tarantino



       Pirei numa fala, mínima mas muito significativa, da cantora e compositora Fiona Apple, num documentário chamado ICONOCLASTS, no canal Glitz*(canal 53, antigo FashionTV, pela Via Embratel),  que passei a receber este mês.

       Fiona fala de suas primeiras inspirações musicais, ainda garotinha por volta dos 11 anos, quando sentia vontade de fazer trilhas sonoras para cenas de documentários e séries do canal National Geographic. Ao ver cenas de perseguição, como de um leão perseguindo um impala (espécie de antílope africano), por exemplo, Fiona queria  traduzir em música todo aquele movimento, como tocar em seu piano a emoção provocada pelo impressionante salto do impala ou mesmo por toda aquela seqüência da perseguição.

Uma ocorrência visual a levava a querer produzir algo audível, ainda que não houvesse prévia relação da música com o tema, mas que em sua concepção, mereceriam estar juntos.

       Acho que essa parte da entrevista ilustra, de maneira breve, como grandes compositores conseguem transmitir o sentimento verdadeiro de suas obras e, em contrapartida, como os medíocres deixam claras as fontes das suas inspirações. Na minha opinião, o que realmente atinge a emoção dos que consomem a obra de um compositor é o resultado da relação entre a sensibilidade de sua visão de mundo e a sinceridade com que produz. Isso sim resulta em arte que perdura, que não sucumbe ao tempo, ou, nos casos dos não tão bons, naquilo que vemos hoje e logo esquecemos.

       O restante do documentário (em inglês) mostra a conexão íntima entre Fiona Apple e o diretor de cinema Quentin Tarantino, que é grande fã de seu trabalho e tem composições de Fiona na maioria das trilhas sonoras de seus filmes.

Assista ao documentário na íntegra,  e legendado em português, no canal Glitz* ou em sua versão sem legenda do YouTube.

Henrique S. Perama

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